A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais.

 

O trabalho com a linguagem se constitui num dos eixos básicos na Educação Infantil, dada a sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.

Aprender uma língua não é somente aprender palavras, mas também os seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade.

A Educação Infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de Comunicação e Expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças.

Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Ao longo da Educação Infantil, as crianças estão em plena construção da Linguagem Oral, conhecendo, ampliando e enriquecendo recursos de compreensão e expressão, para uma maior competência comunicativa.

Cabe, portanto à escola, oferecer às crianças todas as  oportunidades possíveis de uso social da língua,  a fim de estabelecer as bases para a formação de usuários competentes, autônomos e críticos da língua falada e escrita, usufruindo de toda a riqueza da língua  portuguesa.

Por isso, a escola deve trazer a língua portuguesa com toda sua diversidade e complexidade para a sala de aula propondo as crianças um rico ambiente de letramento, muito mais amplo e instigante para o pensamento.

Atualmente, ensinar a língua significa possibilitar a compreensão e produção da linguagem oral e escrita, adequadas às circunstâncias nas quais se encontrem envolvidas e também a ampliação de competências que as crianças já possuem (ouvir, falar, expressar-se...), sabendo-se que a educação linguística se faz de modo contínuo e vinculado às experiências sociais. 

No tocante ao desenvolvimento da Linguagem Oral, entendemos que é importante que a professora planeje trabalhar com conteúdos específicos da oralidade, por meio das interações, experiências e brincadeiras, como também, priorizamos o espaço como “terceiro educador”, criando, assim, espaços bem aconchegantes e instigantes para as rodas de conversa, as trocas em pequenos grupos, em duplas e aproveitando situações reais de comunicação que favoreçam o  desenvolvimento da Linguagem Oral.

Nesse ambiente bem planejado e organizado com múltiplos recursos, as     crianças serão provocadas a falar e as professoras fazem encaminhamentos e intervenções, para que as falas se tornem cada vez mais completas e bem estruturadas.

Podemos citar inúmeras situações de aprendizagem nas quais as crianças são “provocadas” a utilizar a linguagem oral, tais como: as rodas de histórias, as rodas de conversas, rodas de exploração de músicas, poesias, parlendas e de outros textos de uso social (convites, receitas, notícias, bilhetes, listas), assim como as rodas informativas. Essas são práticas que favorecem, dentre outras coisas, a escuta atenta, a formulação de perguntas e respostas, o convívio com novas palavras (ampliação do glossário ativo) e novas estruturas sintáticas.

Não podemos deixar de ressaltar o valor da brincadeira, como uma vivência privilegiada, na rotina das escolas de Educação Infantil, também, para o desenvolvimento da linguagem. Nela, observa-se uma linguagem, gestual com função linguística, que revela um pensamento em ação, a qual pode ser enriquecida, ampliada, falada a outros. Podemos destacar entre as brincadeiras,  o jogo simbólico (faz de conta), as  brincadeiras com materiais estruturados, não estruturados, reciclados; as brincadeiras populares e tantas outras que provocam a comunicação, estimulam interações e, consequentemente, o desenvolvimento da linguagem.

Ler histórias para as crianças sempre é suscitar o imaginário, e ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, e encontrar muitas ideias para solucionar questões, é estimular para desenhar, para musicar, teatralizar, brincar, afinal, tudo pode nascer de um texto. ”

  (Abramovich,2003).

O ato de ouvir histórias é fundamental para o desenvolvimento da linguagem das crianças nessa etapa da Educação Infantil. Pelo encantamento que as boas narrativas geram nas crianças, elas ficam mais atentas aos textos lidos e vão incorporando as estruturas da língua de forma significativa e contextualizada. 

É, portanto importante que se possa  assegurar no cotidiano das escolas infantis a leitura de boas histórias, dos contos de fadas às histórias contemporâneas, desenvolvendo o potencial crítico das crianças, estimulando-as a imaginar, fantasiar, duvidar, perguntar, questionar, recontar as histórias e enriquecer seu vocabulário ativo, mergulhadas num mundo de infinitas descobertas e   de diferentes compreensões.

A partir do momento em que na Educação Infantil podemos dar múltiplas oportunidades da professora atuar como escriba do que é falado e vivido (ex: listas de livros favoritos do grupo, receita feita pela turma, entre outros textos), explorando semelhanças e diferenças entre textos escritos, distinguindo desenho de escrita, brincando com os sons das palavras dos textos, as crianças passam a revelar uma compreensão da escrita como representação da oralidade e, quando são oportunizadas, começam a formular hipóteses sobre a escrita, passando de rabiscos e garatujas a escritas espontâneas não convencionais.

Para que os alunos aprendam a ler e a escrever, é preciso que participem de atos de leitura e escrita desde o início da escolarização. Se a Educação Infantil cumprir seu papel, envolvendo os pequenos em atividades que os façam pensar e compreender a escrita, no final dessa etapa eles estarão naturalmente alfabetizados (ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores).

 

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