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O que é Aprendizagem Ativa? Como a educação construtivista transforma nossa forma de ensinar e aprender?

Escrito por Colégio Apoio | 26 jun 2020

O Apoio estimula tanto o protagonismo e autonomia dos alunos que a aprendizagem só poderia ser ativa. Aprendizagem Ativa. Na Educação InfantilFundamental 1 e Fundamental 2, acreditamos nela para educar de forma construtivista, inclusiva, interativa, dinâmica e inovadora. Uma poderosa técnica de ensino que estimula a construção de projetos e a resolução de problemas, entre outras tantas coisas que são diferentes daquelas que formam a sala de aula convencional. Pensar de modo crítico, consistente e criativo é a base para as Pedagogias Ativas e a Metodologia Construtiva, um jeito mais aberto de ensinar e aprender.

A Aprendizagem Ativa é um método investigado e desenvolvido desde o século passado e durante muitas décadas por estudiosos que vão de John Dewey, filósofo americano que defendia a relevância das ideias capazes de resolver problemas reais, ao educador brasileiro, referência na Pedagogia mundial, Paulo Freire. As constantes reflexões e críticas ao modelo educativo tradicional de transmissão e repetição surgem como importantes alternativas de potencialização do conhecimento. 

No Colégio Apoio, acreditamos que investir no ensino pautado na Pedagogia Ativa, baseada em processos colaborativos, na pesquisa, na solução de problemas e na criação de projetos interdisciplinares com o auxílio de novas tecnologias é fundamental para que haja diversidade sobre a produção de conteúdos individual e coletiva.

Teorias internacionalmente reconhecidas, a exemplo do construtivismo, são referências para a realização da Educação Ativa em variadas instituições de ensino ao redor do mundo. Mas como isso funciona? Quais são os diferenciais? 

 

O que é Pedagogia Ativa?

O principal diferencial da Metodologia Ativa é que o aluno é protagonista e maior ator do processo de aprendizado. Já no modelo tradicional, praticado na maioria das instituições de ensino, o estudante acompanha a matéria dada pelo professor por meio de aulas expositivas, pela aplicação de provas e trabalhos. Esse método é conhecido como passivo, pois nele o docente é o personagem principal da dinâmica educacional.

O ex-professor da USP e pesquisador de metodologias da aprendizagem, José Moran, traz uma crítica interessante sobre o modelo conhecido como tradicional no seu artigo "Mudando a Educação com Metodologias Ativas": “A escola padronizada ensina e avalia todos de forma igual e exige resultados previsíveis, ignora que a sociedade do conhecimento é baseada em competências cognitivas, pessoais e sociais que não se adquirem da forma convencional e que exigem proatividade, colaboração, personalização e visão empreendedora".

Mudar desse estilo conservador para uma abordagem ativa envolve uma transformação de dentro para fora; não se trata apenas da compra de recursos tecnológicos mais modernos, reorganização do mobiliário e estrutura das salas de aula. É preciso uma compreensão sobre o que é aprender, o que é construir conhecimento, colaborativamente. 

Fazer essa mudança tanto proporciona a interação dos alunos entre si, quanto preserva suas experiências particulares. As avaliações, de maneira geral, passam a ser diagnósticas e formativas, regulando o processo de aprendizagem. Elas servem para que os professores sejam capazes de entender melhor os desafios e desenvolvam ações com o objetivo de melhorar o aproveitamento dos alunos nas diversas disciplinas. 

Em seu artigo, Moran também comenta sobre a necessidade de um maior envolvimento no processo de aprendizagem: 

"Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que eles se envolvam em atividades cada vez mais complexas, onde tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa”.

Utilizar um jeito de aprender proativo, ligado à realidade dos alunos, estimular desafios, interação e colaboração favorece a construção de uma aprendizagem efetiva, ao invés de uma memorização temporária de conteúdos. Mas quais as grandes vantagens e benefícios de seguir esse caminho? É isso que apresentaremos a seguir.

 

Os diferenciais de uma Aprendizagem Ativa

Aprender ativamente significa ter que pensar, entender e formar a própria opinião. Assim, pela prática, o aluno desenvolve diversas habilidades, dentre elas: 

  • Crescimento da autoconfiança;
  • Facilidade para resolver problemas;
  • Sentimento positivo de ser protagonista do próprio aprendizado;
  • Melhor desempenho acadêmico como um todo; 
  • Aprimoramento do pensamento crítico;
  • Maior habilidade para reter o conhecimento;
  • Motivação;
  • Conquista da autonomia.

Nossos corações ficam alegres ao vermos uma sala de aula animada com alunos, envolvidos na produção de um artefato, em investigações científicas ou jogos digitais. Esses são alguns dos vários exemplos que geram atividades significativas e provocam no estudante o desejo de realizar escolhas, seja ele pequeno ou grande, não importa. Encorajar a fazer escolhas é essencial na consolidação da autoconfiança para lidar com os medos e as frustrações diante de acertos e erros.

Outra das várias contribuições desse modo de ensinar é a adaptação da proposta ao ritmo de cada um dos alunos. Respeitar os diferentes tempos de aprendizagem é um dos princípios fundamentais da proposta construtivista

Para pôr tudo isso em prática, aqui no colégio, desenvolvemos um currículo organizado na perspectiva de uma formação integral com focos na construção de competências essenciais para o aprender a aprender: comunicação, criatividade, colaboração e criticidade.

O construtivismo é o referencial teórico do modelo ativo utilizado por nós. Logo mais, faremos um breve resumo para que você possa entender melhor sobre o assunto. 

 

Afinal, o que é o Construtivismo?

O Colégio Apoio tem o socioconstrutivismo como  referencial teórico, com base no seu principal estudioso, o psicólogo suíço Jean Piaget, e na pesquisa do pensador e também psicólogo russo Lev Vygotsky. Isso quer dizer que aqui o aprendizado encontra terreno fértil para ser construído pelo aluno. A partir dessa abordagem, o estudante possui um papel ativo – já que a produção de conhecimento acontece a partir dele; por isso, exige maior participação dele nesse processo.

Entre os mais importantes princípios da abordagem construtivista estão: 

Entender o aluno como centro do processo de aprendizagem;
Diferente das metodologias tradicionais, o ensino é percebido e realizado como um acontecimento dinâmico;
Durante o processo educacional, os níveis de desenvolvimento, conhecimento e amadurecimento de cada estudante devem ser considerados;
O papel do professor vai muito além de mero transmissor de informações, ele cumpre a função de mediador entre o aluno e o conhecimento; é também um facilitador  da aprendizagem, à medida que planeja e orienta a dinâmica do ensino visando ao alcance dos objetivos de aprendizagem.
A experiência de vida e os conhecimentos anteriormente adquiridos pelo aluno são de fundamental importância;
O conhecimento não é entendido como uma versão exata da realidade, mas, sim, como uma reconstrução do aprendiz;
O educador coloca o estudante diante de situações que o levam para a busca por soluções e, desta forma, para a construção do seu próprio repertório cognitivo e emocional.

Em síntese 

Levar até  à sala de aula atividades em grupos, com colaboração e troca, é característica marcante da Pedagogia Ativa. As diferenças pessoais dentro do grupo inserem componentes de crescimento na diversidade e nas formas de compreender os conteúdos.

Segundo a mestra em Psicologia e especialista em Construtivismo e Educação, Daniela Sobral, também coordenadora pedagógica do Apoio: "É essencial ressaltar a importância do aprender junto, da troca entre pares, o que favorece o desenvolvimento das suas habilidades sociais, emocionais e de aprendizagem. O conhecimento socializado ajuda a construir uma compreensão mais aberta sobre o todo".

Percebe que tudo o que foi discutido tem algo em comum? Sim, o aluno no centro do processo! Uma Escola Ativa dialoga com as necessidades da contemporaneidade, cheia de desafios e incertezas. Um mundo bem diferente dos testes para concursos que a Pedagogia bancária, como dizia Paulo Freire, tem adotado há décadas.

Instituições de ensino corajosas, que coloquem em prática tudo isso, dispostas a investir, prioritariamente, na formação continuada da sua equipe de educadores, são as principais responsáveis pela implementação desse modelo capaz de realizar projetos, construções artísticas e culturais com criatividade e formação humana e social. 

Esses são os espaços de educação que farão a diferença na vida real de aprendizes em desenvolvimento, estudantes de hoje que continuarão capazes de aprender com autonomia ética, emocional e intelectual ao longo de suas vidas.

 

Vamos conversar mais? 

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