Independências e pendências históricas do Brasil. No Colégio Apoio, acreditamos que, em sala de aula, professor e aluno trocam conhecimentos e experiências que vão além da transmissão de conteúdos. Inspirados na frase de Confúcio: “Se queres prever o futuro, estuda o passado”, seguimos na compreensão do contexto presente.

Refletir sobre o “Sete de Setembro”, revisitar a primeira constituição, entender suas repercussões, é papel responsável da escola. Contrapor com a atual e construir o ambiente fértil para o desenvolvimento crítico dos estudantes, também.

Criada em 1824, a partir do projeto liderado por D. Pedro I, a primeira constituição proibia o voto de mulheres, pessoas escravizadas e quem possuísse baixa renda anual. Isso diz muito do machismo, do preconceito racial e da desigualdade de classes persistentes no país.

Nossa aluna Vitória Mariana, do 9º C, destaca: “Faz quase 200 anos da nossa Independência, 65 anos antes da abolição da escravatura. Ou seja: mesmo sendo a independência de uma república, nem todos estavam livres. O processo foi seletivo e deixa resquícios até hoje.”

Maria Luiza Menezes, também aluna do 9º C, diz: “Não tivemos nenhum suporte social, pós independência, para gerar igualdade de oportunidades. Direitos à escola, ao trabalho, à saúde, ao respeito. Boa parte de nós não tem acesso a nada disso. Ao estudamos a história, descobrimos de onde partem as injustiças atuais. Muita gente não tem a opção de ser livre”.

Sim, Maria Luiza. Milhares de Marias e de Josés ainda não são independentes. Mas reconhecer essa realidade, empatizar com ela, procurar novas formas de pensar e realizar mudancas, são passos que não podemos deixar de dar. Nosso grito: independência e vida! Mais justa para todas e todos os brasileiros.

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