A principal ferramenta do artista ninguém pode tocar. Será que mãos descuidadas acabariam estragando o pincel do pintor, cegando a espátula do escultor, desafinando o piano do músico ou desconfigurando o notebook do escritor? Não. Mas porque é impossível ter contato físico com algo imaterial: a criatividade. No Articulando do último sábado, no entanto, pudemos ver, ouvir e admirar as diversas formas que a imaginação pode tomar ao sair das mãos e cabeças dos pequenos artistas do Colégio Apoio. Menores? Menormes! Já na abertura dos Ciclos 4 e 5, Frida Kahlo e Pagú convidaram todos para conhecer as produções de Artes Visuais e Literatura. Regidos pela professora Adriana Millet, alunos do 6º ao 9º deixaram os visitantes maravilhados com o som de sua orquestra composta por teremins, monocórdios, entre outros instrumentos trabalhados ao longo do semestre, como uma percussão de objetos reutilizados. Primeiro conserto, depois concerto! Terminada a surpreendente abertura, os familiares se espalharam por diferentes espaços. Havia arte em toda parte. Apreciaram as produções literárias dos 6ºs anos com momentos de leitura de cordel e homenagens a grandes mulheres pernambucanas, como Liliane Longman, Margarida Melo, Naíde Teodósio (representada por sua filha Marta), Nena Queiroga e Terezinha Cysneiros. Os 7ºs anos fizeram leitura branca de fábulas. Os 8ºs apresentaram crônicas através de teatro de sombras. Os 9ºs proporcionaram o resgate de uma história com o Apoio em forma de poema. Tudo, tudo acabou virando livro para ser apreciado e lido pelos presentes. Que presente! A principal habilidade dos artistas é fazer a gente se perder por bosques repletos de ipês, cruzar com sacis saltitantes e Comadres Fulozinhas. Avistar Marmelo, o Jacaré Banguelo, o Pato Carioca e o Marreco Baiano, ter vontade de voltar a ser criança só para brincar com belíssimas toy artes. Ou, como fez Alice, diminuir de tamanho para conseguir visitar todas as lindas casas tridimensionais em desenhos e maquetes. O Articulando transformou mesmo o Colégio Apoio num país de maravilhas. 

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